A CRIANÇA QUE HÁ EM MIM
Esta criança que há dentro de mim,
Ingénua, brincalhona, sorridente…
Faz-me viver a vida alegremente,
Faz-me ter o sorriso de arlequim…
Ela me apazigua, se carente!
Me diz que há sempre um meio antes do fim
E que nem tudo é mau nem tão ruim,
Quando visto com olhos de inocente!
Se a tristeza me dá um ar sisudo
E me deixa choroso e carrancudo,
Logo ela vem pôr água na fervura!
Acabamos a rir à gargalhada,
Eu e essa criança em mim guardada,
Com a sua inocência alegre e pura!...
J. M. Cabrita Neves