domingo, 21 de novembro de 2021

AS CRIANÇAS E OS SEUS DIREITOS


AS CRIANÇAS E OS SEUS DIREITOS


Têm todos os sonhos do mundo
E por nenhum segundo, têm a noção
Que são como as águas que passam rápidas 
p'lo mecanismo do moinho!
São tão efémeros que mesmo caminhando a trote
E na vida entrarem de rompante,
Difícil será que em sorte, repousem no seu camarote!
Mas se o vindouro é do menino futuro;
- Creio ser o seu amanhã um enorme tesouro
Agora que foi aberto e desbravado um caminho incerto,
Que o porvir sonhador lhe transponha
O que possa parecer um muro
E se porventura ainda houver um deserto,
Que puxe dos galões de ouro a que teve direito!

© RAADOMINGOS | 2021


segunda-feira, 8 de novembro de 2021

A ESTRELA DE BELÉM




A ESTRELA DE BELÉM
(Ciclo de Natal)


I
Da Nazaré a Belém
Viajou José, Maria,
E o burro, que poupou a cria,
Levando a Virgem além!
Ao chegarem a Belém,
Não tendo onde pernoitar,
No estábulo p'ra abrigar
Se consolaram, do inverno
Se fez paz no lar fraterno
E dezembro sorria ao luar!

II
Sacra cidade de Belém
À luz de Virgem Maria,
Que dava luz de alegria,
Na manjedoura! Mas, quem?
O berço de muito alguém,
Tão alguém, que vinha salvar
O mundo! Hora de embalar
O Menino Jesus, eterno
Divino, nascia no inverno,
P'ra a todos acalentar!

III
Desde então, constrói-se
O presépio em todo o lar
Similar a esse lugar
Digno do herói, adora-se!
E, o Natal comemora-se
A vinte e cinco do ultimo
Mês do ano, num animo
Místico e de calor humano,
Por nascer o soberano,
Que merece mui mimo!

IV
Há também o pinheiro!
Árvore de Natal, "terno"
Como símbolo do inverno,
De cheirinho caseiro
E de ar milagreiro
Representando a sagrada
Família, que é adornada;
Mas, o melhor que tem
É a Estrela de Belém;
Há velas para a consoada!

V
A Estrela de Belém
É o símbolo do ciclo
De Natal! E, de triciclo,
A pé, de carro ou trem
Todos vêm também!
A época é festiva
E a tradição se cultiva
Porque nasceu Jesus
Cristo, renasceu da cruz
P'ra que a lenda seja viva!

VI
Nasce Jesus Cristo
O salvador do mundo,
E a luz nesse segundo
Abre caminho, registo
P'ra que cheguem a Cristo!
Estrela-guia luzidia,
Que à chegada idolatria;
Os primeiros a chegar,
Os três Reis Magos: Gaspar,
Baltasar, Melchior! Ah, dia!

VII
Cristo! Oferenda de incenso
Mirra, ouro e o universo
Da música e do verso;
Tradição de consenso,
Que faz o dia mais intenso!
A partir daí passou a ser
Habitual algo oferecer
Até o ciclo fechar,
Dia seis do ano por chegar
Dos Reis Magos há de ser!

VIII
A Estrela de Belém
Brilhará e de verdade,
Louvará a natalidade
Em Belém e mais além!
Há sempre bolo que tem
Coroa de Reis e iguarias
Da época de Messias!
E, dia seis de Janeiro,
Dos Reis Magos, festeiro,
Finda o ciclo em cortesias!

© Ró Mar | 2021


segunda-feira, 1 de novembro de 2021

"VAMOS ESPALHAR DOÇURAS!"




"VAMOS ESPALHAR DOÇURAS!"


Neste "Dia de Todos-os-Santos"
Há fé, abraços, ternuras
E amarguras nalguns cantos!
"Vamos espalhar doçuras!"

Por todos os que sofrem por
Partidas ou por procuras,
Vamos dar força e calor,
"Vamos espalhar doçuras!"

Na igreja, no cemitério,
Noutro lugar de clausuras,
Por dividir o mistério,
"Vamos espalhar doçuras!"

Reza a história e as culturas:
A dádiva - o "Pão por Deus";
"Vamos espalhar doçuras"
Antes de chegar o "Adeus"!

Por tradição e melhor gesto,
"Vamos espalhar doçuras"
Por um mundo modesto
E honesto a todas as alturas!

Eis o "Dia dos Bolinhos":
Por alegrar as criaturas,
As crianças e padrinhos;
"Vamos espalhar doçuras!"

© Ró Mar | 1/11/2021

*
Os Santos no seu dia
Têm horas de ternuras!
Dar traz muita alegria,
"Vamos espalhar doçuras"

"Vamos espalhar doçuras"
Tanto me traz à lembrança!
Uma mesa de farturas,
Pela mão de uma criança.

Hoje não é só tradição
"Vamos espalhar doçuras!"
É também celebração,
Enraizado nas culturas.

No culto dos mártires e santos
No mundo, por estas alturas,
"Vamos espalhar doçuras",
Pelos seus quatro cantos!

Os que de nós já partiram
Trouxeram tantas amarguras!
Sei que pró céu já subiram;
"Vamos espalhar doçuras!"

©  RAADOMINGOS | 1/11/2021

Sonetos do Universo | 2021