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Infância
Que falta sinto do alpendre lá de casa
Da vizinhança a tricotar... do bolo assando...
De correr, de pés descalços, chão em brasa...
E a meninada tagarela, saltitando...
Que falta sinto das fruteiras do quintal
Fazer mil planos, daqueles: quando eu crescer...
De brincar com os origamis de jornal
E de sorrir de gargalhar sem ter porquê...
Sinto falta da infância a me dar asas
Das euforias nos festejos de Natal
De não saber que o tempo, por voraz prazer,
Tudo transforma, sem piedade, de pirraça...
Suas travessuras, só gravadas no mural
Da saudade e da lembrança, as hei de ter...
Luciana Nobre