quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

NATAL FESTA MAIOR




NATAL FESTA MAIOR 


“O notitia admirabilis,
Deus noster cantemus,
Puer natus est nobis
Venite adoremus!”

Natal é a Festa maior
Exulte hoje toda a terra
Na apoteose do amor
Por entre a paz e a guerra.

Ele está pois entre nós,
Para enlaçarmos as mãos,
E gritemos numa só voz
Que somos todos irmãos.

Nesta vaga de alegria
Que brilha desde Belém
Há uma estrela d´ harmonia
Em Jesus que é nosso Bem!

Frassino Machado

 ODISSEIA DA ALMA


VÉSPERA DE NATAL




VÉSPERA DE NATAL


Hoje é véspera de Natal
A noite da consoada 
Um jantar muito especial 
Que dura até de madrugada 
A mesa cheia com iguarias
As bebidas mais refinadas
O bolo de rei cortado às fatias
As saborosas rabanadas
Serve-se o bacalhau cozido
Com batatas e muita verdura
O bom vinho não fica esquecido
Os familiares trocam olhares de ternura 
As crianças pelas prendas ficam ansiosas
Fritam-se as filhoses de abóbora deliciosas 
E assim termina mais uma noite de Natal
Tradicionalmente comemorada em Portugal 

Paulo Gomes


quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

FELIZ NATAL




FELIZ NATAL


Quando eu era pequeno, todo o esplendor do presente de Natal estava também na luz da árvore, na música da missa de meia-noite, na doçura dos risos..." 

Antoine de Saint-Exupéry, O Pequeno Príncipe, Cap XXV


UMA NOITE DE NATAL DIFERENTE




UMA NOITE DE NATAL DIFERENTE


Era uma noite fria, mas era uma noite especial, era noite de Natal. Pedro andava sozinho pela rua deserta cheio de frio, e pensava! Hoje é noite de Natal e eu não tenho ninguém com que falar ou partilhar pelo menos esta noite. Ia andando de cabeça baixa e muito triste, na pequena rua estreita. Foi andando até que se acabaram as casas, Pedro olhou para um lado e para o outro, mais á frente viu uma casa que estava distante das outras, pensou esta casa deve ser habitada pois via o fumo a sair da chaminé. Pedro foi andando e ao chegar ao pé da porta pensou, será que devo bater! Bateu, mas estava com medo, ouviu passos e a porta abriu-se e viu um homem já de idade avançada que andava muito mal. Perguntou ao Pedro o que fazes ai parado, Entra que está frio! Devagar entrou, Luís fechou a porta, pois assim se chamava, disse ao Pedro, que fazes tu sozinho a esta hora da noite e sendo noite de Natal! Pedro respondeu, eu estou sozinho, não tenho família, não tenho casa, vivo na rua! Luís disse, anda vem sentar-te aqui ao pé da lareira que eu vou buscar alguma coisa para comeres, pois tu deves estar cheio de fome. E assim fez, Pedro quando viu o comer á frente comeu avidamente. Luís pensou coitadito não deve comer há dias, e ficou olhando para ele a comer. Pedro levantou a cabeça e viu o Luís com lágrimas nos olhos e perguntou! Porque está a chorar? Luís respondeu parece um milagre que hoje sendo noite de Natal tu me viesses bater á porta. És o Menino Jesus? Pedro sorriu e fez um aceno com a cabeça, expressando a sua admiração, e ao mesmo tempo dizendo não! Pois para mim és o meu Menino Jesus! Pedro também com lágrimas nos olhos disse…Obrigado por me abrir a porta por me dar de comer e por estar aqui ao pé de si, Levantou-se do pequeno banco correu para o Luís abraçou-o emocionado e a chorar, Pouco a pouco separaram-se. Pedro com medo perguntou-lhe, posso chamar-lhe avô? Espantado com a pergunta Luís pensou, e respondeu sim podes chamar-me avô? Abraçaram-se emocionados. Sabes disse o Luís, eu sempre quis ter um neto e agora sem esperar tu apareces na noite de Natal, Que bom agora sou teu avô! A chorar Pedro abraçou-se ao Luís e disse avô, avô eu tenho um avô! Era a única prenda que tinha tido na sua vida, e era a melhor prenda, pois já não estava sozinho tinha ganhado um avô e uma casa. De repente o sino da pequena aldeia bateu… Já era meia noite e nem deram pelo tempo passar, olharam um para o outro e disseram ao mesmo tempo feliz Natal…Felizes abraçaram-se por estarem juntos e por partilharem a noite de Natal os dois. Juntos comeram filhós que o Luís tinha feito pensando que as ia comer sozinho. Abraçaram-se mas desta vez choraram de alegria. Pedro e Luís não estavam mais sozinhos, pois a partir daquela noite em diante estavam juntos para partilhar as alegrias e tristezas. Pois tinha sido para ambos uma noite de Natal diferente e especial.

Mila Lopes


O PRESÉPIO DA MINHA INFÂNCIA




O PRESÉPIO DA MINHA INFÂNCIA


Meus tempos de criança
tenho saudade,
da inocência pura que havia
das amigas de verdade,
era um Natal de pura magia.

Apanhava a aba de um pinheirinho
a neve era feita com algodão,
os enfeites de papel colorido;
ah mas o presépio esse então,
era sempre o meu preferido!

Com um tempo antes do natal
se fazia a searinha,
com água e trigo num pratinho
se colocava à janela ou no quintal,
até ficar bem crescidinha,
e se juntava ao presépio no Natal;

O musgo fresquinho que havia
em todo o lado se encontrava,
era Jesus que assim queria
pois eu o colhia, mas era Ele
que o plantava.

Pequenos pauzinhos se construía uma ponte,
por baixo uma prata, como se fosse um rio,
pequenas pedrinhas e prata se fazia a fonte
e os pastores com seu rebanho pastando no monte,
de cartão se fazia um moinho, com velas coladas com fio.

A caminha de Jesus era uma manjedoura
a seu lado tinha o burrinho e a vaquinha,
eram pintadas da cor da vaca e da jumentinha
para proteger, Jesus estava S. José e Nossa Senhora,
a anunciar o nascimento de Jesus, estava uma estrelinha.

Joana R. Rodrigues


terça-feira, 22 de dezembro de 2015

A ESTRELA QUE BRILHA NO ANO INTEIRO


Imagem- Beautiful world. Nature, love, art


QUE O VOSSO NATAL
SEJA A ESTRELA QUE BRILHA
NO ANO INTEIRO O AMOR E A UNIÃO.


O Natal tem quatro estações
Primavera, Verão, Outono e Inverno.
Mas, como todas as estrelas há uma que brilha 
Mais que as outras, o Inverno,
A época dos sonhos e da alegria na união dos corações.
O frio é uma janela bem ventilada e que dá espaço 
Para muitos e o Natal 
É, isso mesmo, uma manta, a lareira e um coração 
Próximo. Vê-se a neve a derreter na alegria da pequenada,
E festeja-se ao peru e à rabanada
A noite de consoada.
Os sinos tocam e adora-se o menino 
Jesus no brilho da noite que nasceu para ser Natal.
O Natal tem quatro estações,
Não nos podemos esquecer desse laço
Durante o ano, para que no novo ano a estrela do Inverno
Brilhe ainda mais que até então.

QUE O VOSSO NATAL 
SEJA A ESTRELA QUE BRILHA
NO ANO INTEIRO O AMOR E A UNIÃO.

© RÓ MAR


MERRY CHRISTMAS





PAIX ET L'AMOUR



CARTA AO PAI DE NATAL



Fernando Figueiredo


segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

UM MUNDO DIFERENTE E MELHOR




UM MUNDO DIFERENTE E MELHOR


Hoje acordei bem disposto e humorado,
Vejo nas pessoas com quem me cruzo,
A expressão de esperança e confiança 
Que têm na vida futura dum novo ano.

Acreditam que tudo poderá inda mudar,
E que melhores dias virão, num futuro
Próximo, em que o amor estará presente
Para a natureza, animais e toda a gente.

Os namorados estarão mais apaixonados,
Os homens menos agressivos e amigos,
Os ricos distribuirão melhor os seus bens,
As nações governarão então sem partidos.

As florestas serão mais verdes e densas,
A fauna mais rica, variada e saudável,
Os mares continuarão férteis e ricos,
O céu mais limpo e azul, despoluído.

Deixará de haver refugiados e pobres,
Haverá maior igualdade e equilíbrio,
O Mundo será outro, mais promissor,
Reinará muito mais Paz e mais amor.

Um Mundo que as crianças abraçarão,
Com suas mãos ligadas ao seu redor,
Cantando canções de amor e oração,
Por um futuro fraterno e mui melhor.

Ruy Serrano

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

DIA DE NATAL


© Donald Zolan children painting christmas wallpaper


Dia de Natal


Dia de Natal
Hoje é dia de ser bom. 
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças, 
de falar e de ouvir com mavioso tom, 
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças. 

É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem, 
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria, 
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem, 
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria. 

Comove tanta fraternidade universal. 
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos, 
como se de anjos fosse, 
numa toada doce, 
de violas e banjos, 
Entoa gravemente um hino ao Criador. 
E mal se extinguem os clamores plangentes, 
a voz do locutor 
anuncia o melhor dos detergentes. 

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu 
e as vozes crescem num fervor patético. 
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu? 
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.) 

Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas. 
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante. 
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas 
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante. 

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates, 
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica, 
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates, 
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica. 

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito, 
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores. 
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito, 
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores. 

A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento. 
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar. 
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento 
e compra— louvado seja o Senhor!— o que nunca tinha pensado comprado. 

Mas a maior felicidade é a da gente pequena. 
Naquela véspera santa 
a sua comoção é tanta, tanta, tanta, 
que nem dorme serena. 

Cada menino 
abre um olhinho 
na noite incerta 
para ver se a aurora 
já está desperta. 

De manhãzinha, 
salta da cama, 
corre à cozinha 
mesmo em pijama. 

Ah!!!!!!!!!!

Na branda macieza 
da matutina luz 
aguarda-o a surpresa 
do Menino Jesus. 

Jesus 
o doce Jesus, 
o mesmo que nasceu na manjedoura, 
veio pôr no sapatinho 
do Pedrinho 
uma metralhadora. 

Que alegria 
reinou naquela casa em todo o santo dia! 
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas, 
fuzilava tudo com devastadoras rajadas 
e obrigava as criadas 
a caírem no chão como se fossem mortas: 
Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá. 

Já está! 
E fazia-as erguer para de novo matá-las. 
E até mesmo a mamã e o sisudo papá 
fingiam 
que caíam 
crivados de balas. 

Dia de Confraternização Universal, 
Dia de Amor, de Paz, de Felicidade, 
de Sonhos e Venturas. 
É dia de Natal. 
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade. 
Glória a Deus nas Alturas. 

ANTÓNIO GEDEÃO 


domingo, 13 de dezembro de 2015

NA ÁRVORE HÁ ALEGRIAS QUE NÃO ESQUECEM




NA ÁRVORE HÁ ALEGRIAS QUE NÃO ESQUECEM


Em noite de Natal as crianças não dormem!
Ficam à espreita do Pai de Natal
Que há-de compor a árvore de brinquedos que querem.
Às vezes há surpresas: a mãe abraçada ao Pai de Natal!

Em noite de Natal há tais mistérios que se desvendam!
As crianças pasmadas com o segredo tão lindo!
Afinal, o Pai de Natal é o pai e o Natal é a união.
Que felicidade ao verem o amor dos pais e o carinho que lhes é dado!

Voltam à cama e assim prometem não desvendar o segredo.
Agora sabem o significado verdadeiro do Natal
E pensando na estrela que ilumina a noite adormecem.
Ao outro dia é Natal e na árvore há alegrias que não esquecem.

© Maria Pessoa (pseudónimo)
 

FESTA DE NATAL




FESTA DE NATAL


O Natal se aproxima 
Existe magia no ar
A cidade se ilumina 
Os anjos a cantar

As lojas decoradas
Com imensas cores
As ruas iluminadas
No ar doces odores

As pastelarias enfeitadas
Com a mais variada doçaria
As pessoas muito motivadas
Mês único de total magia

Por fim chega a consoada
Será bacalhau para o jantar
E a noite será abençoada
Na felicidade de poder dar

Quem dá será abençoado 
Como num conto de fantasia 
Irá receber em duplicado 
Tudo o que oferecer um dia

Estrela do Norte a brilhar
Cantam os anjos do Senhor
Vamos este Natal festejar 
Com Paz e muito Amor

Paulo Gomes

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

NATAL SANTO




NATAL SANTO


Tocam os sinos em Belém
Nasceu o Deus menino!
Vinde fiéis, ouvir as letras do bem
Proclamadas, ao som do sino.

As doze badaladas, glória a Cristo,
Nasceu o menino Jesus, ó bendita criança!
Vinde fiéis, iluminai-vos no sol da justiça,
Cantar a uma só voz o Natal Santo.

© Maria Pessoa (pseudónimo)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

AO MEU DEUS MENINO...




Ao meu Deus Menino…


O Natal não é mais um dia
Como alguns querem fazer crer
É um dia em que eu queria
Ver a família junta com prazer
E hoje que isso não é possível
O Natal já não será igual
Porque muita gente é perecível
E agora até eu me sinto mal
Mas vou continuar a tentar
Juntar o que da família resta
Para nesse dia comemorar
Mesmo que digam que já não presta
Tenho que dar vivas a quem me criou
Com este espírito de Natal
Porque alguém que assim amou
Não gostaria que não fosse igual
E é nessa bela perspectiva
Que eu quero continuar a viver
Dar às crianças de forma sentida
Um pouco do nosso saber
Saber que nos foi inculcado
Desde a mais tenra idade
Para um Natal procurado
Na sua linda verdade
É Natal em nossos corações
É Natal entre amigos
Fruto das nossas paixões
E pelos nossos entes queridos
Mas mesmo assim me questiono
Neste Natal que está a chegar
Porque sinto que sou um mono
Que de si tem pouco para dar
Gostaria de distribuir
Por todos os que me rodeiam
Algo que os fizesse sentir
Que há corações que os enleiam
Lá em cima está alguém
Que me transmitiu seu pensamento
A aguardar que eu faça bem
E esse bem sem qualquer lamento
Vou pois tentar fazer
O que me ensinaram de pequenino
Para que outros sintam prazer
No respeito pelo Deus Menino!

Armindo Loureiro

A ESTRELA


 Ilustração de ©Maria Cininha (SP, Brasil)

A ESTRELA 


Quando se viu sozinha no meio da rua teve vontade de voltar para trás. As árvores pareciam enormes e os seus ramos sem folhas enchiam o céu de desenhos iguais a pássaros fantásticos. E a rua parecia viva. Estava tudo deserto. Àquela hora não passava ninguém. Estava toda a gente na Missa do Galo. As casas, dentro dos seus jardins, tinham as portas e as janelas fechadas. Não se viam pessoas, só se viam coisas. Mas Joana tinha a impressão de que as coisas a olhavam e a ouviam como pessoas.
«Tenho medo», pensou ela.
Mas resolveu caminhar para a frente sem olhar para nada.
Quando chegou ao fim da rua virou à direita e meteu a um atalho entre dois muros. E no fim do atalho encontrou os campos, planos e desertos. Ali, sem muros nem árvores nem casas, a noite via-se melhor. Uma noite altíssima e redonda e toda brilhante.
O silêncio era tão forte que parecia cantar. Muito ao longe via- se a massa escura dos pinhais.
«Será possível que eu chegue até lá?», pensou Joana.
Mas continuou a caminhar.
Os seus pés enterravam-se nas ervas geladas. Ali no descampado soprava um curto vento de neve que lhe cortava a cara como uma faca.
«Tenho frio», pensou Joana.
Mas continuou a caminhar.
À medida que se ia aproximando dele, o pinhal ia-se tornando maior. Até que ficou enorme.
Joana parou um instante no meio dos campos.
«Para que lado ficará a cabana?», pensou ela.
E olhava em todas as direcções à procura de um rasto.
Mas à sua direita não havia rasto, à sua esquerda não havia rasto e à sua frente não havia rasto.
«Como é que hei-de encontrar o caminho?», perguntava ela.
E levantou a cabeça.
Então viu que no céu, lentamente, uma estrela caminhava.
«Esta estrela parece um amigo», pensou ela.
E começou a seguir a estrela.
Até que penetrou no pinhal. Então num instante as sombras fizeram uma roda à sua volta. Eram enormes, verdes, roxas, pretas e azuis, e dançavam com grandes gestos. E a brisa passava entre as agulhas dos pinheiros, que pareciam murmurar frases incompreensíveis. E vendo-se assim rodeada de vozes e de sombras Joana teve medo e quis fugir. Mas viu que no céu, muito alto, para além de todas as sombras, a estrela continuava a caminhar. E seguiu a estrela.
Já no meio do pinhal pareceu-lhe ouvir passos.
«Será um lobo?», pensou.
Parou a escutar. O barulho dos passos aproximava-se. Até que viu surgir entre os pinheiros um vulto muito alto que vinha caminhando ao seu encontro.
«Será um ladrão?», pensou.
Mas o vulto parou na sua frente e ela viu que era um rei. Tinha na cabeça uma coroa de oiro e dos seus ombros caía um longo manto azul todo bordado de diamantes.
— Boa noite — disse Joana.
— Boa noite — disse o rei. — Como te chamas?
— Eu, Joana — disse ela.
— Eu chamo-me Melchior — disse o rei. E perguntou:
— Onde vais sozinha a esta hora da noite?
— Vou com a estrela — disse ela.
— Também eu — disse o rei —, também eu vou com a estrela.
E juntos seguiram através do pinhal.
E de novo Joana ouviu passos. E um vulto surgiu entre as sombras da noite.
Tinha na cabeça uma coroa de brilhantes e dos seus ombros caía um grande manto vermelho coberto de muitas esmeraldas e safiras.
— Boa noite — disse ela. — Chamo-me Joana e vou com a estrela.
— Também eu — disse o rei —, também eu vou com a estrela e o meu nome é Gaspar.
E seguiram juntos através dos pinhais. E mais uma vez Joana ouviu um barulho de passos e um terceiro vulto surgiu entre as sombras azuis e os pinheiros escuros.
Tinha na cabeça um turbante branco e dos seus ombros caía um longo manto verde bordado de pérolas. A sua cara era preta.
— Boa noite — disse ela. — O meu nome é Joana. E vamos com a estrela.
— Também eu — disse o rei — caminho com a estrela e o meu nome é Baltasar.
E juntos seguiram os quatro através da noite.
No chão, os galhos secos estalavam sob os passos, a brisa murmurava entre as árvores e os grandes mantos bordados dos três reis do Oriente brilhavam entre as sombras verdes, roxas e azuis.
Já quase no fundo dos pinhais viram ao longe uma claridade. E sobre essa claridade a estrela parou.
E continuaram a caminhar.
Até que chegaram ao lugar onde a estrela tinha parado e Joana viu um casebre sem porta. Mas não viu escuridão, nem sombra, nem tristeza. Pois o casebre estava cheio de claridade, porque o brilho dos anjos o iluminava.
E Joana viu o seu amigo Manuel. Estava deitado nas palhas entre a vaca e o burro e dormia sorrindo.
Em sua roda, ajoelhados no ar, estavam os anjos. O seu corpo não tinha nenhum peso e era feito de luz sem nenhuma sombra.
E com as mãos postas os anjos rezavam ajoelhados no ar.
Era assim, à luz dos anjos, o Natal de Manuel.
— Ah — disse Joana — aqui é como no presépio!
— Sim — disse o rei Baltasar — aqui é como no presépio.
Então Joana ajoelhou-se e poisou no chão os seus presentes.

SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN, A NOITE DE NATAL

HÁ NATAL! HÁ NATAL!



Há Natal! Há Natal!


Há poemas e canções de embalar,
Os meninos à volta do presépio a cantar,
Os pastores e seus rebanhos a orar.
Vinde, gentes de boa-fé, o salvador adorar.

Da Lapónia veio o Pai de Natal
Com o seu trenó cheio de prendas;
Saiu a vinte e quatro com as suas renas
Para que a todos os meninos chegue o Natal!

Há Natal! Há Natal!

© Maria Pessoa (pseudónimo)

O SOLDADINHO DE CHUMBO




O SOLDADINHO DE CHUMBO


Numa loja de brinquedos havia uma caixa com vinte e cinco soldadinhos de chumbo todos iguais, menos um, ao qual faltava uma perna. Um dia a caixa foi dada de presente a um menino, que ficou maravilhado e logo colocou os soldadinhos em ordem junto ao parapeito da janela. Daí o soldadinho conseguia ver todos os outros brinquedos, entre os quais uma bailarina que estava à porta de um grande castelo de cartão. A bailarina era muito bonita, tinha os braços erguidos em arco sobre a cabeça e uma das pernas dobrada para trás, tão dobrada, mas tão dobrada, que acabava escondida pela saia. O soldadinho apaixonou-se imediatamente e pensou que, tal como ele, aquela menina tão linda tivesse uma perna só.
Um dia, o menino, ao arrumar os brinquedos, deixou que o soldadinho caísse para a rua. O menino foi a correr procurá-lo mas não o encontrou. Pouco depois passaram outros meninos. Um deles viu o soldadinho de chumbo e exclamou: “Um soldadinho! Será que alguém o atirou fora porque ele está partido?” “E que vamos fazer com um soldadinho só? Precisaríamos pelo menos de meia dúzia para fazer uma batalha”, disse o outro rapaz. “Tenho uma ideia”, disse o primeiro. “Vamos colocá-lo num barco e mandá-lo dar a volta ao mundo”. E assim foi. Construíram um barquinho com uma folha de jornal, colocaram o soldadinho dentro e soltaram o barco para navegar na água que corria pela sarjeta.
Apoiado na sua única perna, com a espingarda ao ombro, o soldadinho de chumbo procurava manter o equilíbrio. Com o coração a bater fortemente, o soldadinho voltava todos os seus pensamentos para a bailarina, que talvez nunca mais voltasse a ver. A água ganhou mais corrente e o barquinho de papel andou com mais força. A água caía em cascata para um lago. O soldadinho tentou equilibrar-se mas o barquinho deu um salto e caiu no rio. O barquinho virou e o soldadinho de chumbo afundou-se. Mal tinha chegado ao fundo, apareceu um enorme peixe que, ao vê-lo, o engoliu. O soldadinho estava numa imensa escuridão mas não deixava de pensar na sua amada. Passou-se muito tempo e de repente a escuridão desapareceu. O peixe tinha sido pescado por um senhor e a sua mulher, ao limpá-lo, tirou o soldadinho da barriga do peixe e deu-o ao seu filho para ele juntar aos outros soldadinhos que tinha no quarto.
O menino fez uma grande festa porque era o soldadinho que tinha caído na rua. Juntou-o aos outros na janela, de onde podia ver sempre a sua bailarina.

Texto adaptado por Sónia Santos e Ricardo Domingos

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O NASCIMENTO DE JESUS



© MARIA PESSOA (pseudónimo)

UMA ESTRELA BRILHANTE




UMA ESTRELA BRILHANTE


Vejo ao longe uma estrela brilhante 
Com um brilho intenso fora do normal
Apesar de se encontrar tão distante
Anuncia ao mundo que chegou o Natal

Foi outrora para os Reis Magos a sua guia
Sinalizando o nascimento do nosso Salvador
Iluminando a humanidade até o nascer do dia
Enchendo todos os corações com muito Amor

Que esta estrela possa brilhar pela eternidade
Todos os dias do ano como se fosse sempre Natal
Havendo Paz e Amor no Mundo para a humanidade 
É o meu desejo, o meu presente para vós Especial

Paulo Gomes


MENSAGEM DE NATAL


Art by Johanna Wright


MENSAGEM DE NATAL


Que o mês de dezembro seja paz, amor… a rodo!
Que o espírito natalício chegue a todo mundo;
Haja união em terra, não à guerra, à desigualdade;
Menos ostentação e mais humanidade!

Que o Natal não seja só a vinte e cinco de um dia
Do ano! Que haja motivos para celebrar…amizade em cada dia;
Que sempre haja o pão nosso de cada dia 
Para os que padecem…dia-a-dia.

Que haja tantos dias de natal quanto os povos 
Fragilizados, desprovidos!... Haja olhares novos
Sobre o mundo em que vivemos, de coração,
Sobretudo em função da conscientização. 

Que o Natal não seja só um dia de troca de presentes
E mais um dia de vida, mas sim multiplicidade de sentimentos 
Que esgotem o marasmo em que vivemos!...
Enaltecendo em gestos de partilha aos mais carentes.

O mês de dezembro, último do ano, 
Que seja primogénito de cada mês do ano!
Que haja compreensão e boa vontade de fazer
Natal! Salvé o novo mundo a nascer!

© RÓ MAR

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

UMA ESTRELA DE LUZ EM BELÉM




UMA ESTRELA DE LUZ EM BELÉM


Uma estrela de luz em Belém
É sinal que o rei vai nascer
Menino Jesus que nu vem
Para dar ao mundo seu viver.

Uma estrela para todos verem
É sinónimo de natal a ser
O pai de natal vai aparecer
Para dar prendas aos que merecem.

Uma estrela em pleno inverno
É sinónimo de família e amor
Paz e união para adorar o rei menino
Que ao mundo veio em missão de salvador.

© Maria Pessoa (pseudónimo)

O CAMIÃO VERMELHO




O CAMIÃO VERMELHO 


Comprei um camião vermelho
Para levar esta árvore de Natal
Vou colocá-la junto a um espelho
Na minha sala vai ficar sensacional 

Coloquei várias luzes muito brilhantes 
Decorei com bolas de cor verde e vermelho
Brilhavam tanto pareciam autênticos diamantes
No reflexo refletiam muita cor no meu espelho

É uma árvore bastante alta e imponente
Tenho dificuldade a colocar as decorações 
São imensas fitas e bolas tenho de ser paciente 
Vou também decorá-la com muitos balões 

Parecendo um autêntico acto de magia
De muita cor como se fosse uma fantasia
Não existe outro dia no mundo igual ao Natal
É uma data ímpar que não há no planeta igual

Para trazer a árvore de Natal fui comprar este camião 
De cor vermelha muito intensa como o fato do Pai Natal
Quero decorá-la com sinos, anjinhos e muita iluminação 
Para ser uma árvore de Natal única no mundo sem igual

Paulo Gomes

O NASCIMENTO DE JESUS




O NASCIMENTO DE JESUS


Era uma vez… um menino que viajava
Dentro da barriga de Maria de burrinho até Belém.
Quando chegaram era muito tarde e não havia onde ficar.
Houve um bom senhor que cedeu 
O seu estábulo a José e Maria para passarem a noite.
José ajeitou palhas e fez a cama para a mulher se deitar
E foi nessa noite que nasceu o filho de Deus.

Havia uma estrela lá nos céus
Que se avistava no mundo e de bem longe, lá no Oriente, 
Três sábios chamados Melchior, Gaspar e Baltasar
Sabiam que essa estrela significava 
Que um novo rei estava a nascer.
Seguiram-na, até à manjedoura em Belém, 
Para visitar o menino e o presentear com incenso, mirra e ouro.

Assim, o dia vinte e cinco de dezembro passou a ser, 
Um dia de festa em louvor ao nascimento do menino Jesus, 
O NATAL.
Em que o PAI DE NATAL visita as crianças carregado de prendas
Como os reis magos fizeram com o menino Jesus, consta em lendas.

Era uma vez…. um menino que, pobre nasceu,
Em palhinhas na manjedoura, adorado foi, menino de ouro,
O rei e símbolo do NATAL.
Data em que se comemora, o nascimento de Jesus, 
O SALVADOR,
Em família com muita alegria e amor.

© Maria Pessoa (pseudónimo)

sábado, 5 de dezembro de 2015

A ÁRVORE DE NATAL




A ÁRVORE DE NATAL


A árvore de Natal
Deixa qualquer criança feliz
Tem um significado especial
Em todo o mundo em qualquer País

A árvore de Natal
Pode ser verde, branca ou de outra cor
Mas é única e não há igual
Para transmitir felicidade e amor

A árvore de Natal 
Com os seus variados enfeites coloridos
Onde as crianças que não se portaram mal
Colocam o sapatinho e fazem os seus pedidos

A árvore de Natal 
Que gosta de ficar na sala junto à lareira
É uma decoração única e muito especial
Em todas as casas de qualquer cidade inteira

A árvore de Natal 
Transmite alegria e felicidade
É muito colorida como o carnaval
Consegue unir os corações com amizade

A árvore de Natal 
Com as suas luzes coloridas e brilhantes
Faz com que o mês de dezembro seja especial
Em toda a parte mesmo nos países mais distantes 

Paulo Gomes

O NATAL É SÓ O MÊS DE DEZEMBRO


Imagem - Bellissime Immagini


O NATAL É SÓ O MÊS DE DEZEMBRO


Dezembro chegou e a azáfama do natal
Percorre as ruas e carrega o lindo pinheiro ou abeto,
Para dar um novo respirar aos lares…
Verdinho, com bolas de todos os feitios, fitas de muitas cores
E também nódulos de algodão, brancos demais,
Enche o coração das casas e os olhos das crianças.
E, claro está, o presépio, o berço de palhinhas assente
Em musgo para receber o menino
Jesus que nasce em Belém…
Ao lado de virgem Maria e de José.
Lá no cimo da árvore a estrela a brilhar
Para Belchior, Baltasar e Gaspar, os três reis magos,
Que carregam ouro, incenso e mirra para adorar o menino.
As crianças têm um sorriso frenético e curiosidade demais.
É a quadra mais mística e aliciante do ano.
Há prendinhas embrulhadas em papéis coloridos
Para dar alegria ao presépio (simbolicamente),
Para ofertar ao menino Jesus que, nasce em Belém,
Vai a casa de todos os meninos.
Vem no ventre da virgem Maria em véspera de natal
Para dar luz à ceia de natal
E alumiar os corações de todos.
Há missa do galo e ao sino das doze badaladas
Ouve-se a boa-nova: Jesus nasceu, o salvador!
Lá vêm as renas, é o trenó do pai de natal!
Já se vê o fuzuê que vai à volta da chaminé...
São os meninos que vão ver o sapatinho.
Já nasceu o menino Jesus, a alegria perpétua a noite, é natal.
Desembrulham-se as prendas e trocam-se abraços e carinho.
A algazarra instala-se no seio da família, o vozeirão das crianças,
Que não têm pressa de dormir querem mais é brincar.
E o natal fica até mais tarde, vai enfeitando o resto do mês
Com muita brincadeira e guloseimas, em especial o bolo-rei que é dos três
Reis magos e vai de novo às mesas com fava e presente
Para festejar o dia de reis, que deixa saudades em todos os lares.
Chega a hora de arrumar a casa e lá se vai o pinheiro e as bolas de natal
Arrumam-se para o ano que vem.
Há tristeza nos olhares das crianças…
As casas já não são as mesmas,
A família não é a mesma, os amigos não são os mesmos,
Tudo é diferente, os brinquedos são os mesmos
E a rotina volta ao dia a dia por mais um ano.
O verde fica estampado no olhar das crianças…
Um novo ano em que é preciso que se portem muito bem
Para ter novos brinquedos no ano que vem.
Os corações ficam mais pequeninos e o inverno vem pela frente,
Sente-se o frio em muitos lares, onde o amor não reina simplesmente;
Há outros que os aquecem o ano todo em trocas de coração aberto,
Mas, por norma o natal é só o mês de dezembro 
E o nascimento do menino Jesus (o salvador)
É só a vinte cinco de dezembro.

© RÓ MAR


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

O MENINO JESUS



O MENINO JESUS


O menino está nas palhinhas a dormir 
Está tranquilo não se ouve o Seu chorar
Tem um expressão tranquila no sorrir
Emana grande tranquilidade no ar

Ninguém consegue imaginar o que irá acontecer
Apenas podem ver o crepitar da linda fogueira
Quando o olhamos conseguimos então ver
Que é Ele quem nos vai conduzir a vida inteira

Aproximam-se todos, até os pastores
Porque sabem que é Ele a nossa salvação 
Os magos trazem prendas de vários valores
Para mostrar ao mundo que sabem a razão 

Mas o menino tem frio e ainda chora
Nossa Senhora cobre-o com o manto
Mas já vai muito longa a primeira hora
E o menino rompe num largo pranto

O burrinho acompanhado de uma vaca
Tentam desesperadamente dar-Lhe calor
Mas apesar da luz da lamparina ser fraca
Conseguimos ver nos Seus olhos o AMOR

Nasceu numa gruta muito longe da cidade
Mas o Seu nascimento há muito foi anunciado
Veio com a missão de salvar esta humanidade 
Foi esse o seu caminho por Deus destinado 

Paulo Gomes

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

O NATAL




O NATAL


O Natal é o mês do Amor
Existe no ar o elixir da bondade
Mesmo nos hospitais onde há dor
Ou nos imigrantes cheios de saudade 

O Natal é o mês da Fantasia
Que faz todas as crianças do mundo sonhar
Existe no ar um misto de felicidade e magia
Em que a prioridade não é receber mas sim dar 

O Natal é o mês das Decorações
Com muitas luzes e as mais variadas cores
Sensibilizando os mais insensíveis corações 
Existe no ar uma panóplia enorme de odores 

O Natal é o mês final do ano corrente
Onde se junta a família que se encontra afastada
No jantar o bacalhau e as filhoses de aguardente 
E as crianças esperam ansiosas pelo fim da consoada

Paulo Gomes

AS CRIANÇAS SÃO O NATAL




AS CRIANÇAS SÃO O NATAL


As Crianças são o melhor presente de Natal,
São elas que nos dão a alegria de viver;
O sorriso puro e inocente que faz o brilho do dia
E o nascer de novo sol, maravilhoso ser.

É para elas o Natal...
Com laçarotes vermelhos e prendinhas no sapatinho,
Muitas bolas de algodão doce e um carrossel de rebuçados.
Desejo que se prevaleça os seus Direitos…
Que todas as Crianças tenham o Natal que merecem
E que todos os seus dias sejam Natal.

Que haja Paz no Mundo...
Que todos que padecem
Sejam tratados como gente e devidos respeitos;
Quero acreditar que somos uma grande nação
Com um sagrado coração.

Cabe a cada um dar
O seu melhor, para que o dia
Seja de felicidade,
Não se esqueçam de amar.

As Crianças são a riqueza da natureza...
É necessário ser
Cordial, não custa nada um pouco de solidariedade;
No mínimo um sorriso, que aos olhos d'uma Criança
É a maior riqueza
Do Mundo.

As Crianças são o Natal...
Sem elas não há bolas coloridas na árvore de Natal,
Nem travessuras pelas guloseimas…
Muito menos presentes embrulhados
Com grandes segredos guardados.

Para todas as Crianças, o meu beijinho
De amor e carinho
E um enorme sorriso de felicidade,
Por ter-vos no meu caminho.

© RÓ MAR

JINGLE BELL




JINGLE BELL


Jingle Bell
Já cheira a Natal
Aí vem o papai Noel
É uma época divinal

Jingle Bell
É altura de sonhar
Vamos pedir ao papai Noel
Um carrinho para brincar

Jingle Bell
Oiço bater na porta truz truz
Estou certo ser o papai Noel
Chegou o mês do menino Jesus

Jingle Bell
Vejo nos rostos muita felicidade 
Estão todos esperando o papai Noel
Com os corações cheios de ansiedade

Jingle Bell
Que este Natal não seja apenas um dia
Quero que fiques todo ano papai Noel
Para poderes oferecer a minha poesia 

Paulo Gomes